"O que nos une é maior
do que o que nos separa"
Papa Francisco
Recebi um vídeo em que o ex-primeiro ministro de Portugal, Pedro Santana Lopes é interrompido, em uma entrevista ao vivo, para o canal exibir a chegada do técnico da seleção portuguesa de futebol ao aeroporto de Lisboa. A repórter faz um ligeiro resumo das conquistas do treinador e, em seguida, retoma a entrevista com o político. Ele, profundamente ofendido - com toda a razão, foi uma grosseria imensa - encerra a entrevista. Disse que fez um "sacrifício pessoal" para estar ali atendendo ao convite recebido e que tem "regras e que não as quebra". Terminou pedindo desculpas à repórter e acrescentou que não era "preciosismo" da parte dele. E perguntou "se é assim que se anda pra frente?" Fiquei com pena da moça que, se pudesse, sumiria num buraco e que, certamente, cumpria ordens superiores.
Não sei nada da política de Portugal e os problemas que ela enfrenta e não conheço os políticos de lá. Também não tenho como avaliar a importância do que ele dizia. De Portugal sei que é um país lindo, que podemos andar à noite na rua em segurança e que vemos bandos de crianças pequenas, uniformizadas, fazendo piquenique com os professores em parques e Museus. Que os arquitetos portugueses são considerados os maiores especialistas da Europa em restauração de prédios antigos e que Lisboa está revitalizando bairros inteiros.
E que Cristiano Ronaldo é um dos melhores jogadores de futebol do mundo.
Impossível não comparar com o Brasil para concluir que não tem comparação.
Em primeiro lugar pela capacidade de se ofender do político português e pela afirmação de que tem regras de conduta e não as quebra. Muitos dos nossos políticos acusados de repetidas rapinagens não têm o menor constrangimento em aparecer na televisão e negar o inegável. Não se ofendem. Não defendem regras e não as seguem porque vale tudo, desde que continuem como estão. Acredito que, neste momento, a figura pública com a maior credibilidade no Brasil é o senhor Adenor Leonardo Bacchi, mais conhecido como Tite, pelo trabalho sério, competente e comprometido que realiza.
Os jogadores de futebol que chegam à seleção, o fazem por mérito pessoal e pelo talento em jogar bola. Se não for muito bom, nem chega lá. Ganham salários milionários, mas não somos nós, com nossos impostos, que pagamos. A maioria vem de famílias pobres das periferias que tiveram a sorte de ser vistos por quem entende de futebol. Não são responsáveis pelos descalabros com o dinheiro público na construção dos estádios e nem pelo abandono em que muitos se encontram.
Também não são responsáveis pela nossa escandalosa desigualdade social que tem muitas razões, mas nenhuma delas é o futebol.
A nossa infindável lista de mazelas não é culpa do futebol. Estas são consequência da corrupção, do desvio de dinheiro público, do mau uso de impostos e do imenso desperdício em obras inacabadas
O resultado é o sucateamento de hospitais, escolas e estradas. Sem falar da violência.
A Copa do Mundo de Futebol é o evento esportivo mais importante do planeta..
É uma festa onde nós, os brasileiros, ocupamos um lugar de honra. Vamos nos apropriar do sentimento de orgulho legítimo a que temos direito.
Vamos torcer pelo Brasil.
Muito bem dito. Não devemos destruir o bom por causa do ruim. E, além disso, temos Jesus no time.
ResponderExcluirPra frente Brasil! Salve a seleção!!!
ResponderExcluirLembra?
Podemos torcer pelo futebol..... mas não precisamos ''parar o Brasil'' para ver um jogo. N.I.
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