Das unanimidades, a recomendação da prática de exercícios físicos regulares é - disparada - a primeira. Quanto mais vividos somos, mais os médicos nos recomendam caminhar com disciplina e constância. Faz bem pra tudo! Fortalece o coração, pernas e pulmões, espairece a alma, melhora o humor, enfim... sem falar do sol que precisamos apanhar para que o organismo metabolize a vitamina D. Tudo de bom e de graça! Precisamos das pernas e de um parque. Curitiba, cidade bem servida deles, pode se orgulhar de sempre ter um perto de você! Se a vida nos tratou com gentileza e nós mesmos nos usamos com moderação, levamos para a caminhada os anos que temos e, de bônus, esperamos agregar mais alguns.
Da cadeia veicular, se podemos chamar assim, somos o elo mais fraco, a base da pirâmide. Vamos aos parques, somos Pedestres e dividimos espaço com os Ciclistas, o segundo elo.
Os Ciclistas, até pouco tempo, foram vítimas de frequentes acidentes de trânsito e muitos morreram na disputa com o automóvel. Finalmente conseguiram se fazer notar e receber atenção de prefeituras e motoristas. Muitos lugares começaram a contar com Ciclovias. Iniciativa indispensável e que humaniza as cidades, é daquelas situações "de quanto mais, melhor". Os acidentes diminuíram e automóveis e bicicletas foram se adaptando uns aos outros. Sempre há o que melhorar, mas o caminho é este.
Parques e vias públicas receberam Ciclovias e nós, os pedestres? Cadê as Pedestrevias?
Tanto não existem que nem nome tem. Aceito sugestões porque pedestrevias tá de amargar!
Nos parques, salvo honrosas exceções, ficamos espremidos entre a faixa do ciclista e a beirada da pista, adaptada para a dupla função. Não foram criadas faixas exclusivas para as bikes.
O resultado é que os Pedestres têm cada vez menos espaço para as caminhadas.
Nos trechos em que a pista não foi dividida, piora! Disputamos espaço com a bicicleta numa desproporção de forças tão grande que só nos resta sair do caminho para não ser atropelados por ela. Temos muito em comum, ambos somos movidos pela energia dispendida pela força das pernas, se bem que as nossas já não têm a agilidade necessária para sair correndo - de arrancada - ao ouvir o tilintar agudo da campainha da bike às nossas costas.
Acredito que as cidades são mais humanas na medida em que acolhem suas populações mais frágeis. Por interesse próprio, pretendo chamar a atenção desse olhar para a população dos mais velhos que estão aqui, agora, em todas a parte.
Curitiba foi e ainda é considerada uma cidade boa para se viver e conviver. Espero que continue sendo e que olhe o idoso com atenção e principalmente com ações inclusivas.
Realmente. O pedestre é o grande esquecido. Seria bom que o prefeito saísse um dia caminhando. Tivemos um prefeito ciclista. Seria bom termos um pedestre. Ou caminhante? Andarilho?
ResponderExcluirNão sei se o nosso prefeito faz caminhadas. Mas espero que, se tiver a sensibilidade que se atribui, certamente olhará pelo bem estar da população sob os seus cuidados.
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