quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O Tempo Certo

"Cantando eu vivo em movimento
  E sem ser mais o mesmo
  Ainda sou quem era,"
  Maria Gadú/ No Pé do Vento

Criado em 2011, pela Paideia escola de música, o Grupo Vocal Tempo Certo surgiu da necessidade de atender alunos adultos à procura de aulas de canto.
Nos primeiros anos chamava-se Curitibôcas 2, numa referência ao Grupo Vocal Curitibôcas, excelente grupo da escola - conhecido e reconhecido - com mais de 20 anos de estrada. A ideia inicial era que funcionasse como um celeiro de talentos, e os que se destacassem seriam alçados ao Curitibôcas. 

Desde o início sob a regência de André Dittrich, o vocal foi crescendo em número de participantes e como Grupo. Com o tempo foi adquirindo identidade própria e a necessidade de ter um nome que o identificasse.
No fim de 2016, depois de muitas idas e vindas, foi rebatizado com o nome de Grupo Vocal Tempo Certo, numa alusão ao "tempo da música" e ao fato de que sempre é  "tempo certo" de começar    - não importa o quê - desde que nos faça bem. O coral é misto mas, no momento, conta só com vozes femininas. A única exigência é querer cantar.

Entrei no Tempo Certo em  2012 com o objetivo de romper amarras, de sair da minha zona de conforto, eu que não sabia cantar nem no chuveiro.
No começo de 2017, o professor nos comunicou que a direção da escola - e ele também - acreditava que o grupo estava apto para uma apresentação solo, no final do ano. Tínhamos nos apresentado nas festas de encerramento da escola, e junto com o Curitibôcas em algumas ocasiões cantando não mais do que duas músicas, e em um ou outro evento, como convidados. Lembro que, no primeiro convite, fomos cantar num Festival de Corais, no Clube Curitibano. Tão nervosas estávamos que, ao final da canção, ficamos paradas no palco e o professor disse" agradeçam!" entendemos "agora desçam" e saímos em desabalada carreira palco abaixo. Episódio que ainda nos rende boas risadas.

Repertório montado com canções que conhecíamos e outras novas, começamos os ensaios em março e fomos até a primeira semana de novembro num esforço mais do regente do que nosso, porque era preciso que ele repetisse a mesma lição incontáveis vezes, sem perder paciência e fé.
Nos dois últimos meses ensaiamos com afinco e foco, fora do horário normal de aula. O desafio que nos tirava novamente da zona de conforto, nos fez compreender que é superando as dificuldades que vencemos os medos.
Postura adequada no palco," nem tão dura nem tão dançante", segurar corretamente o microfone - tem trocentas maneiras  erradas e só três certas: pertíssimo da boca, dois e até quatro dedos de distância, de acordo, é claro, com o timbre e volume de voz que a canção exige.

O Show foi no dia 11 de novembro e o "respeitável público" aplaudiu com alegria e entusiasmo.
Acredita que pediram bis?







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