"O pensamento parece uma coisa à toa
Mas como é que a gente voa quando começa a pensar"
Lupicínio Rodrigues
Revisito fiança e crença que continha desde antanho
Que, bulidas, se alvoroçam sem respeitar hierarquia
Aflita, tento contê-las para lhes dar lastro e tamanho
As danadas, fugidias, escapam como num sonho
E no afã de prendê-las para alcançar meu intento
Escrevo num frenesi o tanto que a mão permite
A verdade é que a escrita fica aquém do pensamento
Faço um gesto, estico o braço na intenção de pôr limite
E a alquimia mutante numa fervura insensata
Teimosamente mistura todo o tudo a todo instante.
E retomo o pensamento na vã ilusão de retê-lo
E agarrar um assunto e a ele dar forma e tento
Mas como tem vida própria é dono do afastamento
E exausta, me dou conta de que coisas de pensar
Vão e vem e serão sempre senhoras do movimento
Que bonito,
ResponderExcluiratordoa e embala.
É só se deixar levar ... já não era sem tempo!
De aprender a deixar ir o que é incontrolável, como o pensamento
ExcluirPura poesia.
ResponderExcluirSe entender que não podemos controlar o incontrolável é poesia, então é poesia.
ExcluirEsse texto é tão lindo!
ResponderExcluir...considero que foi um presente de aniversário para as amigas taurinas, incluindo todas que te admiram e especialmente para a escritora maior , você!
Beijos
N.I.
Adoro vc amiga!
N.I.
Oi, respondo bem no seu dia, amiga querida. Feliz aniversário!
ExcluirMuito Bom!
ResponderExcluirObrigada, Camila querida.
ExcluirMuito bom.
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