O Amor não é um sentimento
É uma habilidade.
Alain de Botton
Acordou cedo no domingo todo seu. De compromisso o sol e a brisa. E se apossou das horas para gastá-las sem marcar o tempo e quis dormir mais um bocadinho, então dormiu e sonhou um sonho sem pressa, com começo, meio e fim.
Sonhou que estava na companhia de duas amigas e que entraram de carro dentro de um restaurante bonito até encostar na vidraça que separava a sala de refeições da recepção. Quem dirigia era a mais cuidadosa das três, a que andava devagar, sempre dava sinal, abria a janela lateral e acendia as luzes ao entrar nos lugares. O carro parou suavemente em frente à parede envidraçada que separava os dois ambientes. E então o carro não estava mais lá e elas foram encaminhadas à mesa e o garçom apareceu diante delas e solícito, perguntou: Em que posso servi-las?
(Numa lista de 10 melhores perguntas, esta tem meu voto número 1).
Vinho escolhido, feito o pedido, acomodadas nos confortos de cadeiras perfeitas, luz cálida, música suave, sorveram o vinho e o momento. Então ela olhou em volta e todos os seus que já tinham se ido, uns muito cedo, outros nem tanto, olhavam para ela e sorriam e dançavam e jogavam beijos e simulavam abraços. Suspensa no tempo olhou um a um e sorriu de volta. E eles desvaneceram devagarinho e ela ficou feliz e acordou com o eco do próprio riso.
Passou o resto do dia se sentindo bem.
FIM
Suave e lindo.
ResponderExcluirBjs
N.I.
Você tem a capacidade de sempre lubrificar meus olhos.
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