Há de se embalar porcelanas, pratas e cristais. Nada muito, mas sempre tem o que significa um afeto, uma referência de alguém que continua a ser uma lembrança boa. É bom levar - não carregar - os objetos que nos remetem à risos claros e alegrias genuínas, Coisa pouca, pouco volume. Precisamos pisar com cuidado no terreno dos desapegos e, com mais cuidado ainda, no dos apegos. É fácil quando falamos de vasos, pratos e tapetes. Complica, quando para seguir é necessário desapegar de sentimentos amalgamados na alma, na pele, no hábito. Situações que não existem mais porque a vida muda e as pessoas também. Aí é imprescindível deixar onde ficou e seguir em frente.
Selecionamos o que levar na mudança de casa, separamos roupas, objetos, coisas que vamos doar e que servirá - que bom! - para outras pessoas. Levamos, dos úteis, geladeira, camas, mesas e cadeiras. Dos que dão cor e sabor à vida, os cálices, os baldes de gelo, as panelas certas, a de risoto, aquelas, maiores, que acomodam as caldeiradas fartas para amigos certos.
E vamos, com o rescaldo que nos mantém de pé para outro momento da vida, e no novo endereço saímos à procura de um lugarzinho simpático e aconchegante para comer um belo bife ao ponto, por gentileza! E pedimos uma cerveja bem gelada porque, afinal, ninguém é de ferro. Saúde!
Muito bom. Muito bom.
ResponderExcluirSem fardos. Nada nos ombros.
As forças diminuem, melhor se desfazer da bagagem.