Foram dois telefonemas logo de manhã, quase em seguida, e ambos diziam o que não estava sendo ouvido. De um, por angustiado, e do outro por estar em outra. Começara bem o dia. Um exercício de escolha do que sentir. Urgia não se atrasar para a aula de Pilates que começaria em meia hora. A porta, sempre encostada, estava fechada e, ao tocar a campainha, ouviu a voz da professora a reclamar a "senha" para poder entrar. Senha? Que senha? E ela, abrindo a porta, "Feliz Aniversário, querida! na mão um espumante prestes a explodir e as outras alunas, sorriso largo, taça nas mãos,
prontas para o brinde! Foi a primeira vez na vida que fez uma aula, pelo menos de Pilates, com a cabeça tão leve como a alma.
Esses brindes borbulhantes de champanhes e espumantes, de repente, começaram a ser tornar mais frequentes na sua vida. É chegado o tempo de celebrar e de agradecer. São cumulativas as experiências do aprender, e no esteio do que crê, ancorada no que tem, ela segue a navegar no que precisa. E prescindem de dinheiro as alegrias da alma.
O dia promete. Aguardemos!
Que surpresa maravilhosa.
ResponderExcluir"Uma voz
ResponderExcluirSua voz quando ela canta
me lem bra um pássaro mas
não um pássaro cantando:
lembra um pássaro voando".
Gullar, Ferreira. "Uma voz".