domingo, 10 de julho de 2016

Mesma Vida Nova Percepção 2

Firme no propósito de conhecer meu novo bairro fui até a Feira Livre que, dizem os moradores daqui, é a melhor da cidade. Feiras Livres têm isso em comum. A melhor é sempre aquela que funciona no bairro onde reside a pessoa que faz a afirmação e isso, por si só, é maravilhoso. Imagina se todos estivéssemos tão satisfeitos com o que temos ao nosso dispor. O mundo, de tão harmonioso, seria um tédio!

Saí sem carrinho e sem sacola só para dar uma espiada e tomar um pouco de sol. Dia ensolarado, de temperatura amena, a feira surge, comprida, na rua larga e bonita. Tem de tudo e muito. Barracas de pastel - orientada que fui para atentar para elas - com mesinhas e toldos coloridos, contei três ou quatro. Aliás, o bairro é forte no quesito pastel. Tem a pastelaria onde eles são enormes, servidos no prato e saboreados com garfo e faca. Um almoço. Já fui lá e é verdade.

A Feira toda é uma alegria! Organizada e colorida, iluminada pelo sol generoso da manhã, o violonista dedilha queixumes de amor de um lado enquanto o violinista, do outro, toca, solto, a Primavera de Vivaldi. No meio, a barraca de flores serve de anteparo para não misturar os sons e enfeitar a rua. Um luxo!

Determinada a ver o lado bom de tudo, não por ingenuidade ou por tardia "Síndrome de Poliana", mas porque acredito que os grandes eventos da vida já aconteceram, penso que precisamos perseguir as pequenas alegrias. Exercício racional, exige foco e atenção e assegura bem estar. Com sorte, daqui e dali, tiraremos bons momentos de felicidade. Futuro e maturidade são conceitos contemporâneos, coabitam o mesmo tempo e, paradoxal que possa parecer, é no presente que devemos conjugar nossos verbos.


2 comentários:

  1. Maravilhar-se!
    É estar vivo e ainda vivendo.
    Muito prazer.

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    1. Ufa! Precisei da profe para responder! Havemos de continuar maravilhando-nos.

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