domingo, 17 de julho de 2016

Mesma Vida Nova Percepção 3

Nos dois últimos escritos falei do bairro onde estou morando. É bom morar no Alto da Glória, pertinho do Juvevê, com suas ruas charmosas e radiais que me confundem e onde me perco e me acho para me perder novamente quase em seguida. Me perco de carro, ao tentar descobrir caminhos práticos para ir e vir com maior rapidez e também à pé, andando à toa. Aprender novos caminhos, na cidade e na vida, nos fornece ferramentas para nos reinventar quando a realidade nos impõe readequações no percurso. Exercita o cérebro e nos proporciona um "olhar para dentro", de modo que "perder-se" é condição para reencontrar-se.

Vim do Abranches, onde morei em um sobrado onde eu tinha uma roseira, duas strelytizias e um antúrio. Compunha belos arranjos com as flores e na falta delas, as folhas faziam bonito também.
Bairro que concentra um número expressivo de poloneses e descendentes, a vida social gira em torno da Paróquia e do Colégio. Fica no Abranches  um dos bares/restaurantes mais antigos de Curitiba onde a cerveja e  as comidas de boteco não decepcionam nunca. Uma maravilha!
Lugar onde o curitibano é mais contido, me emocionei quando, ao dizer que estava indo embora, todas as pessoas com quem estabeleci relações de camaradagem e apreço, curiosamente me disseram a mesma coisa  "Que Pena!"

Foi lá que deixei definitivamente de fumar, quando finalmente compreendi que precisava tocar a vida de um jeito meu, e que para conseguir faze-lo era necessário não só coragem, mas indispensável preservar a saúde.

Sem contar no churrasco de domingo, servido em mesas compridas, montadas sob as árvores onde as folhas criam desenhos de luz e sombra nas toalhas coloridas nos dias quentes de verão.







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