Venho pouco para a praia por causa das contingências da vida, dos compromissos assumidos e, também, pelos prazeres de lá. Apesar de ter se transformado em um plano individual, continuo com a intenção de vir para cá em um futuro não muito distante - havemos de ter sensatez para perceber o valor do tempo - e inverter a ordem do que foi melhor até aqui. Com isso digo que Curitiba ficará como meu lugar de visita e, aqui, como meu lugar de morar.
Todo mundo que tem apartamento nessas condições sabe dos "lixos" que caem no seu terraço. Tem de tudo! Cotonetes e "camisinhas", papel de bala e chicletes mastigados, latas de cerveja vazias e balões brancos de Réveillon. Sem dúvida que aborrece e incomoda, mas também entope os ralos e represa a água da chuva, o que cria condições ideais para a proliferação de mosquitos, inclusive o Aedes aegypti, causador das doenças que, sabemos todos, são dolorosas e muitas vezes fatais.
Eu gostaria de entender o que motiva pessoas adultas, que se entendem por educadas e inteligentes, a jogar lixo pela janela para cair no terraço do vizinho, quase literalmente, nos próprios pés.
Das poucas certezas que tenho, uma delas é a de que nada é mais democrático no mundo do que doenças. São democráticas e não são preconceituosas. Servem para todos e não poupam ninguém.
De algumas não temos como nos defender, mas de muitas podemos e devemos, principalmente das que surgem pelo relaxamento e descuido que temos com o descarte do lixo que produzimos, a começar pelo papelzinho de bala que, descuidadamente jogamos pela nossa janela.
Nenhum comentário:
Postar um comentário